sexta-feira, julho 28, 2006

Até daqui a um mês!

Tempo de férias. Para aproveitar! Merecidas, sem dúvida nenhuma. Tempos de pensar em rumos e metas e principalmente se não pensar em nada.
De rever velhos amigos e conhecidos e estar longe de tudo.
Tempo de me divertir e recarregar baterias, matar saudades e espairecer.
Pode ser que assim perceba bem o que se passou nestes últimos quatro dias. Não sei o que foi, mas foi bom. Não sei se terá continuação mas gostava. Não sei se foi real ou a minha imaginação a funcionar.
E é só por isso que esta partida me deixa um travo amargo na boca. Deixar isto em stand-by não me parece o melhor. Será que o que ganhei em 4 dias será o mesmo daqui a um mês...
Tenho muito tempo para pensar nisso e em muito mais...
E para sonhar contigo...

Boas férias para todos!
E... se perguntarem por mim...
.... digam que voei!!!

segunda-feira, julho 24, 2006

Amo-te Chiado

Bela tarde. Já tinha saudades de Lisboa. Da luz, da azáfama, dos fatos e dos telemóveis, do ar de quem tem coisas sérias para tratar (tão diferente das expressões descontraídas lá para os lados da Fonte Telha).
Já tinha saudades de outras coisas. Deste formigueiro que me enche o peito e que faz abrir um sorriso. E me põe um brilho nos olhos.
Não é uma ideia original. Mas sabe-me bem. Parece-me bem. Porque não?
Nem sempre o mais forte é o mais arrebatador. Grandes obras são construídas tijolo a tijolo, saboreando o momento, dando um passo de cada vez.
Gostei. Gostei da tarde e da conversa. Gostei de estar contigo
E gosto deste talvez.
Porque em cada esquina a vida reserva-nos uma nova surpresa.
Uma nova oportunidade

(e vou tentar agarrá-la...

... alinhas?)

domingo, julho 16, 2006

Verão

Sorrio...
... e digo bom dia ao Verão...

sexta-feira, julho 14, 2006

Palhaço

Porque sou pouco mais que um palhaço.
Um palhaço triste.

quinta-feira, julho 13, 2006

O Gang dos Tubarões

Acabou o Mundial. A final acabou por ser um espelho bem fidedigno de toda a competição. Futebol defensivo, medo, muito medo, bolas paradas, penaltys,.... Ganhou a Italia. Ganhou bem, mais que não fosse por ter vencido a França.
Foi um mês repleto de futebol, apesar deste não ter sido de grande qualidade... Como seria de esperar, os "Tubarões" dominaram o evento, apoiados no seu forte poder futebolístico e monetário, co-adjuvados pelos seus mandatários na mui-respeitável FIFA...
Portugal foi o outsider. O David entre os Golias. O pobretanas entre os amigalhaços ricos. Daí todo aquele ódio, toda aquela campanha e ataques nojentos e (na sua maioria) injustos. Não temos Fair-Play? Mas ao que parece o Bola de Ouro do Mundial também não tem. Somos fiteiros? Lembra-me que Henry e Malouda também o são. Somos caceteiros? E o que dizer de Materazzi ou Vieira?
Para ganhar tínhamos que jogar 4 vezes mais que os adversários e conseguir ser superior a todos os jogos psicológicos com que nos atacaram. Não conseguimos. Contudo, nós fomos campeões, chegámos onde ninguém quis que chegássamos, contra tudo e contra todos. É assim que nascem as lendas e os heróis.
Faltam 4 anos. Em 2010 é que é!!!



A minha equipa ideal do Mundial 2006
Guarda Redes- Gianluigi Buffon (apesar do Ricardo)
Defesa Direito- Miguel
Defesa Esquerdo- Fabio Grosso
Defesa Central- Fabio Cannavaro
Defesa Central- Ricardo Carvalho
Médio Centro- Maniche
Médio Centro- Andrea Pirlo
Médio Esquerdo- Frank Ribery (apesar de não suportar o homem...)
Médio Direito- Luis Figo
nº10- Zinedine Zidane (apesar de...)
Ponta de Lança- Miroslav Klose

Melhor Jogador- Cannavaro
Melhor Treinador- Lippi
Melhor Jovem- Cristiano Ronaldo
Revelação- Grosso
Melhor Equipa- Itália
Equipa sensação- Portugal
Equipa decepção- República Checa

Vencido da Vida

Tédio ou cansaço de viver? Cansaço destas amarras e deste mundo sem horizontes para o sonho. Cheio desta gaiola, deste viver desengonçado cujo principal objectivo é pouco mais que sobreviver mais um só dia. Falta-me tanto.
Não se pode ser feliz. Pelo menos perfeitamente feliz. É algo de utópico (a perfeição absoluta é inalcançável). Mas então por que me sinto triste? Porque é que o mundo de sempre, as caras de sempre, as piadas de sempre, as diversões de sempre pouco mais me conseguem fazer do que arrancar um leve sorriso amarelo?
Tédio ou cansaço de viver? Talvez um, ou outro. Talvez ambos. Provavelmente nenhum.
Vontade tão em mim de querer ser mais alto. De não me conformar com a terra quando posso ter o céu. De me soltar de regras e amarras e dar um grito do Ipiranga. Conheçer um admirável novo mundo que pode estar ao virar da esquina e no qual nunca entrei. Por medo? Por ignorância? Provavelmente por ambos...
E o querer fazer algo de diferente. Algo que, verdadeiramente, deixasse a minha marca. Algo que mudasse as coisas, que mudasse mentalidades, que fizesse deste local um mundo melhor. Algo que me fizesse sentir um pouco mais útil que o monte de esterco solitário.
E sonhar e encontrar a Terra do Nunca. E poder ser de novo verdadeiramente feliz como só uma criança consegue ser. E as mesmas caras voltariam a fazer sentido, as piadas teriam piada de novo as diversões fariam de novo divertir.
Porque essas não mudaram...
Fui eu que mudei...

quinta-feira, julho 06, 2006

Podes não chegar à lua... mas tiraste os pés do chão...

Puta que os pariu. É só que me vem à cabeça. Puta que pariu os franceses e a mania que eles têm de desfazer os nossos sonhos. Puta que pariu a FIFA e o Uruguaio e este eterno problema de sermos pequenos demais. Puta que pariu esse miseráble dum tal de Domenech que é, oficialmente, juntamente com Pinto da Costa a pessoa mais mesquinha e odiosa que anda no mundo do futebol.
É, ainda por cima, curioso o destino. O jogo em que jogámos melhor foi o jogo que perdemos. O jogo em que podíamos sonhar foi quando nos cortaram as asas...
Mas continuo orgulhoso. Aliás, como poderia estar de outra forma? Nós, viu-se hoje, nunca deveríamos ter passado sequer dos oitavos de final. Nós, os fiteiros, os gajos sem fair play, os gajos que mergulham e pressionam o árbitro (tem piada que quem me pareceu que fez isto hoje foi a super-desportiva França... deve ter sido impressão...)
E tem piada que, uma vez mais, o futebol defensivo a ser premiado. Não interessa já sequer jogar com avançados. A táctica do futuro é meter dois tipos rápidos lá na frente que se saibam manda para o chão e nas bolas paradas a malta há de resolver isto. Foi assim com a Grécia, foi assim hoje em Munique...
Mas a Grécia nem é desta história. Aliás, tenho que tirar o chapéu à Grécia. Conseguiu, pela primeira vez que me recordo, ser a primeira selecção "pequenina" a vencer uma competição internacional... Daí talvez o facto de serem sempre os mesmos os campeões do Mundo. A FIFA, todos sabem, não está ao serviço do futebol mas ao dispor das influências e do dinheiro.
Espero sinceramente que a Itália ganhe. Ou melhor, que lhes espete uns três ou quatro em cima. Mas acho difícil. Amanhã já estará o Domenech na imprensa a dizer que o Totti é um arruaceiro e que o Zambrotta não tem fair-play...


Quanto a nós, foi bonito...enquanto durou... Foi um mês de sonho e de sonhar bem alto. Foram tempos de voltar a ter orgulho na nossa bandeira e nos nossos heróis. Foi o tempo de voltar a acreditar que, nas quatro linhas, no jogo jogado, tudo é possível (o pior e tudo o que se passa fora delas).
Não merecíamos sair. Pelo menos não desta forma. Não contra a França. Não antes da final. Figo, o grande capitão (que, para mim, já atingiu patamares quase quase ao nível do Eusébio) não merecia uma despedida internacional assim. Ronaldo, pelo seu talento e pelas injustiças que foi alvo ao longo da competição não merecia perder assim. Ricardo, Meira, Carvalho, Miguel, Maniche não mereciam ver um campeonato brilhante que fizeram ser manchado por esta derrota. Pauleta... não crucifiquem o Pauleta. Ele é o melhor marcador da nossa história, já deu muito à selecção... Também não merecia sair assim.... E Scolari, contra tudo e contra todos, de novo a mostrar que é o maior... sem dúvida nenhuma...
Eles foram os nossos heróis, que puseram o país de novo a sonhar e a sentir um orgulho imenso nas quinas.
Como já dizia a canção... "É esta a vantagem da ambição, podes não chegar à lua mas tiraste os pés do chão...". A lua, essa, só está ao alcançe de alguns... o sonho esse, ninguém nos o pode tirar!


VIVA PORTUGAL!

terça-feira, julho 04, 2006

Um ano depois

Um ano depois... e tantas coisas mudaram...
Há 365 dias atrás estava eu no "sprint" final da véspera do exame nacional de Psicologia, o derradeiro...
Parece que já foi há um século...
E quase que foi
Este ano, com os mesmos dias e noites de todos os outros foi bem maior... e melhor!
Porque por vezes o tempo adequa-se às nossas vivências e sentimentos. Porque as emoções de um momento são muito mais que um momento. E este foi um ano de emoções... Isso sem dúvida nenhuma...
Foi o ano em que começei a dar os meus primeiros passos rumo a um sonho de sempre: a medicina, foi também o ano da entrada de um mundo novo, o mundo da faculdade e dos adultos, um mundo diferente pintado a tons de cinzento triste.
Foi também um ano de festa. Ou não fizesse eu 18 anos, ou não tivessem acontecido as Olimpíadas e os jantares da Faculdade (o de ontem é um óptimo exemplo), ou não tivesse acontecido Albufeira, ou não tivesse eu aquela vontade tão intrínseca em mim de gostar tanto de uma bela rambóia...
Foi um ano de dificuldades. Aprendi que tudo o que se consegue na vida necessita do nosso esforço. Foi assim que entrei em Medicina, sem dever nada a ninguém. Foi assim que completei o 1º ano. Foi assim que, por tudo isto e muito mais, aprendi a encarar a vida, olhos nos olhos...
Foi um ano de grandes momentos. De momentos fugazes, fiapos de memória que teimam em perdurar. Foi o ano da grande bebedeira de "duas senhoras que por temer consequências físicas não refiro o nome", foi o ano de Milfontes e da procheta, foi o ano de Altura, foi o ano em que sonhámos com o Benfica na Europa e com a selecção no Mundo (e continuamos a sonhar...), foi o ano da melhor visita pascal de sempre, foi o ano da moto4....
Foi, sem dúvida, um ano de sensações. De emoções ao rubro, de sentimentos. De pessoas. Pessoas que só mesmo elas conseguiram fazer deste ano o que ele foi. Foi o ano em que muitas amizades foram postas à prova e se descobriu realmente quem é que "é para sempre...", foi o ano de descobrir tanta gente nova e tantos novos amigos, foi o ano dos Intocáveis e dos Kubos (uma vez mais) e da Família ou, como me recorda permanentemente a Inês, das duas Famílias. Foi também o teu ano. O bom disto é a certeza que o próximo ano já não será assim. Pelo menos contigo no papel principal...
Um ano depois... e tantas coisas mudaram...
Foi um ano inesquecível...

sábado, julho 01, 2006

PORTUGAL! PORTUGAL!

Foi lindo. Aliás, foi para lá de lindo. Foi heróico. Emotivo. Com garra. Com alma.
O engenho e arte que nos faltou em 120 minutos de jogo sobrou-nos na sorte e na alma com que marcámos cada grande penalidade.
E nas mãos de Ricardo estava mais que um homem. Estava toda uma nação a defender. A mesma que esteve depois na bota direita de Cristiano Ronaldo.
A história, essa, acabou de ser feita. Já podemos deixar de recordar nostalgicamente o Eusébio do mundial de 66. Os nossos heróis são de hoje e a cada momento reinventam uma nova façanha, uma nova aventura, honrando, como disse Pauleta "900 anos de história..."
Já fizémos muito. Tudo o que vier agora será bónus. E sabe tão bem ser o outsider entre três enormes potências do futebol mundial (todas elas já campeãs do mundo...)
É preciso continuar a fazer força, a acreditar, "como uma onda que ninguém pode parar!"...




E a imagem do dia é, sem dúvida a fabulosa capa do Record... Parecia que estavam a adivinhar