São elas, regra geral, que nos fazem sofrer... As expectativas que se elevam por vezes sem justificação racional, os sonhos que se pintam, as etapas que se queimam, os passos de tão apressados que são que nos fazem tropeçar...
E custa ver essas ilusões caírem por terra. É a desilusão. E pior que tudo é saber que estamos essencialmente desiludidos connosco mesmos.Por termos acreditado no que havíamos jurado não acreditar mais, por nos deixarmos levar pelo que prometeramos resistir.
E é um círculo vicioso. De promessas feitas e quebradas. Porque tudo é mais fácil quando não se espera nada. Tudo o que vem é bónus, tudo o que entra é lucro.
Mas faz parte da natureza humana o sonho, o desejo, a confiança. Pior que tudo mesmo, era não ser capaz sequer de ilusões. Era o sinal extremo de um desencanto com a vida que não almejo de forma nenhuma.
Por isso hei de continuar a iludir-me. E a desiludir-me outras tantas vezes. E tentar sempre ir reinventando a esperança que me faça fenix e me permita encontrar a próxima ilusão...
