sexta-feira, junho 26, 2009

Ícone!



Morre o homem, nasce o mito

Como antes dele Elvis, John Lennon, Freddie Mercury ou Kurt Cobain os grandes tendem a partir cedo e de forma trágica. Gostando-se ou não, foi uma figura que revolucionou a música, a dança e o mundo no geral.
E quem criou "Billie Jean" (a minha favorita), "Thriller", "Bad", "Black or white", "We are the world" ou o fabuloso e inesquecível Moonwalking só me merece uma palavra. Respect.

quarta-feira, maio 13, 2009

Não gosto da distância mas compreendo-a. Não gosto da ausência mas faço por a entender. Não gosto de desculpas mal contadas mas consigo perceber os motivos.

A única coisa que não gosto e, acima de tudo, não consigo perceber, é a minha inata capacidade de mergulhar de cabeça em projectos fracassados à nascença. De conseguir ver a placa que diz "Fossa" e continuar a caminhar em frente mesmo que tenha merda até as orelhas. Não saber controlar os meus impulsos. Não saber discernir e, acima de tudo, saborear o momento sem porquês, sem filmes, sem planos, sem tudo o que está à volta e em nada ajuda. Tenho saudades mas sei que isso de pouco vale. E que tudo aquilo que, noutro tempo, noutras circunstâncias (quiçá noutra vida!) tinha tudo para ser perfeito neste momento não pode nem deve ser pouco mais que nada.
E é pena...

A vida continua!

sexta-feira, maio 08, 2009

Musica perfeita

Tu estas livre e eu estou livre
E ha uma noite para passar
Porque nao vamos unidos
Porque nao vamos ficar
Na aventura dos sentidos

Tu estas só e eu mais só estou
Tu que tens o meu olhar
Tens a minha mao aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mao deserta

Vem que o amor
Nao é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te das

Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia

Tu continuas à espera
Do melhor que ja nao vem
E a esperanca foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada

quarta-feira, maio 06, 2009

Dejá Vu

“E tu. E eu. E o mundo e a "puta da vida". E tudo e nada. E nós. E especialmente nós. E a dúvida, a eterna dúvida e incerteza. E o planear com a cabeça o oposto do que o coração nos leva a fazer. E perdermo-nos novamente no que jurámos resistir. E esperar até não querer e não poder mais. E mesmo assim continuar a esperar mais um pouco. E perder tempo e minutos e vidas já absurdamente perdidas. E dói. E não saber o que fazer e, curiosamente, sabê-lo tão bem. E procurar esquecer, apagar da memória algo que já está em mim, mutilando um pouco mais do que sou. E tentar seguir o que os livros e as regras e os outros me dizem para fazer. E não conseguir. E esperar mais um pouco. E dói um pouco mais. E recuperar a fé perdida para perdê-la novamente. E chorar, porque lava a alma. E sonhar porque faz falta. E saber que preciso de um futuro sem ti. E que simplesmente não consigo imaginá-lo...”

Uma vez mais...

Pessoa certa, altura errada...
E eu a foder tudo.

Enfim...

domingo, abril 26, 2009

Liberdade

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa


25 de Abril Sempre!

sexta-feira, março 27, 2009

21

Maioridade absoluta. Muitos amigos reunidos. Cerveja e shots. Alegria e bem-estar por estar entre os meus, por gostar deles e por sentir que gostam de mim.

Foi bom

sábado, março 14, 2009

Houve um tempo em que acreditei em contos de fadas. Histórias de príncipes e princesas saídos directamente de livros de encantar. Amores impossíveis capazes de ultrapassar qualquer barreira. Verdades inolvidáveis que me faziam apenas aguardar pela chegada do momento certo.
Houve também um tempo em que acreditei nas pessoas. Na pureza do seu coração e na capacidade de fazer coisas boas. Nas extraordinárias qualidades que um ser humano pode ter quando quer. Na certeza de que um olhar e um sorriso valiam mais do que mil palavras.
Houve também um tempo em que acreditei em mim. Acreditei que conseguiria mudar o mundo. Acreditei que a felicidade era uma demanda, não uma utopia. Acreditei que seria sempre o mesmo: apaixonado, empenhado, dedicado.

Falhei.

Desiludi-me com o mundo, com as pessoas e, acima de tudo, comigo mesmo.

Não há histórias de encantar. Há traições, desejo, mentiras, dissimulação e estéreis paixões fisicas e superficiais que apenas consolam o nosso esmagador medo da solidão.
E descobri que o mundo era feio. Que os mesmos seres humanos capazes de coisas tão maravilhosas eram responsáveis por monstruosidades. O que davam com uma mão tiravam com as duas. E que os olhares e os sorrisos podem ser tão ocos como palavras de circunstância. Desencantei-me com tudo o que vejo. Deixei de crer na perfeição das coisas que outrora julguei existir por aí escondida. Deixei de me iludir com tudo o que antes julgava essencial.
No fundo conheci a realidade das coisas. Vi o lado lunar do mundo longe das canções românticas e dos filmes lamechas de domingo à tarde. Vi que as coisas más são mais do que as boas. Que os valores são hipocrisias que disfarçam crises de consciência. Que há boas pessoas, que ainda acreditam ou querem acreditar mas que são esmagadas pela opressão desta sociedade descrente e decadente.
Olho em volta e vejo fiapos de felicidade efémeros. Vejo beijos e sorrisos sinceros, vejo amigos em quem tento acreditar, vejo que há coisas pelas quais vale a pena continuar a forçar a corrente.
Mas aquele sentimento esmagador, que nos faz acreditar que há coincidências tão fortes que não se podem dever à simples aleatoriedade do universo, que nos levam a pensar que há algo superior a nós que vai escrevendo por linhas tortas o nosso caminho e que há mesmo momentos e pessoas perfeitas. Esse sentimento que nos faz relativizar tudo no plural e pensar que, independentemente de tudo, duas pessoas conseguem mudar o seu mundo de forma tão arrebatadora e irresistível que só podemos mesmo acreditar tratar-se de uma estranha espécie de destino.
Esse sentimento esfumou-se no ar como um suspiro incontido numa manhã gélida de Inverno.

Faz hoje um ano que deixei de acreditar no amor.