sábado, novembro 24, 2007

Para a Inês

Já alguma vez te sentiste abandonado? Mais só que nunca, mesmo no meio da maior das multidões. Sentindo a falta daquela presença. Que nos aconchega. Que nos diz que vai ficar tudo bem. Que sorri para nós e nos faz sorrir, mesmo quando o mundo parece desabar sobre as nossas cabeças.
E deixamos de ser pessimistas. Reaprendemos a acreditar aninhados nesse ombro que sabe tão bem. E revelamos a nossa vida de trás para a frente, cristalina e verdadeira. Deslindamos os segredos do nosso coração e todos os planos para um futuro que não sabemos sequer se virá, por mais ridículos que sejam.
E queremos falar, partilhar. Precisamos de falar e de partilhar, senão explodimos! Precisamos dessa presença. Sempre tão forte. Sempre tão marcante. Sempre tão decisiva.
Porque cada palavra é um bálsamo e cada conselho é uma nova porta que se abre. E porque aprendemos a confiar cegamente e até deixamos que pensem por nós, porque sabemos que estão a pensar o nosso bem. E mesmo quando erramos, quando caímos nos mesmos erros de sempre e nos afundamos, erguemos e voltamos a naufragar. Sempre lá. Por mim.
E do alto da minha egocentricidade e do meu egoísmo não sei por vezes dar valor ao que tenho. Porque são sempre os meus problemas, és sempre tu que me pões a mão no ombro e me dizes que vai correr tudo bem. E mesmo que não corra, e mesmo que saibas que não vai correr não abdicas de lá estar, para me apoiar, suportar e fazer sorrir.
E tu? Que é feito de ti? Os teus problemas que sei que os tens? As dúvidas que todos temos? Os conselhos que nunca me pediste? As perguntas que nunca fiz?
Custa-me que me dês tanto e eu te dê tão pouco.
Porque senti mesmo a tua falta nestes dias. Enquanto deambulava pela faculdade, totalmente à deriva de caminhos e ideias, tinha a esperança de encontrar em cada esquina o farol que me costuma alumiar, as amarras do porto que me fazem ficar seguro.
Acho que és o mais próximo que já estive da definição de amizade.
E do alto do meu egoísmo, egocentrismo, melancolia e dramatismo por vezes exagerado sinto que preciso que saibas que estou sempre aqui, para o que precisares.

E principalmente agradecer-te....
Por tudo!



Beijinho mesmo muito muito grande, amiga!

1 Comments:

Blogger Inês Simões said...

Mesmo que não seja para mim, mas para uma Inês qualquer, só por eu ser Inês... fizeste-me chorar.

Também gosto imenso de ti! E sabes muito bem disso.

Beijo enorme, gigante, sei lá, do tamanho da coisa mais infinita que possas imaginar. E sim, vou estar sempre e para sempre aqui para ti. Eu, o meu ombro, e as minhas palavras (certas ou não!).

27 novembro, 2007 17:05  

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