domingo, novembro 25, 2007

Não sei

Sentir-me perdido, à deriva, sem saber o que fazer. E as estradas à minha volta que são apenas caminhos que levam ao desconhecido. Está escuro. Não há faróis ou luzes que me alumiem. Sinto-me mais sozinho que nunca. Abandonado.
Porque cada desses caminhos me parece um beco sem saída. E porque tenho medo de dar um passo em frente. E porque não quero dar passos em falso. E porque seria estúpido voltar atrás.
E na incompreensível encruzilhada de sentimentos, pessoas e momentos que sou, já não sei o que faça ou seja.
A minha cabeça está oca. Quase tão vazia como a minha alma desde que saí pela tua porta fora.
Não sei a direcção a tomar. E perdi há muito o sentido.
E o mundo, trocista, afasta-me, isola-me, parece querer pôr-me à prova sozinho. Talvez queira saber se tenho força para lidar com isto tudo sem ajuda. Não sei se realmente tenho. Gostava sinceramente de ter. Nesta mania que tenho de colocar o peso do mundo nos meus ombros e suportá-lo estoicamente. Não sei se consigo continuar a lidar com isto. Não sei se consigo continuar a sorrir de cada vez que me perguntas se está tudo bem.
Não sei o que fazer.
E no meio de tantas coisas que não sei, há uma que sei que quero: tu
E cada vez mais ganho consciência desse meu desejo inabalável.
Sei de tudo o que me pediste e de tudo o que falámos.
Mas não consigo imaginar o meu futuro sem ti. E para mim não faz sentido desistir.
Nada disto já faz sentido e talvez tudo sejam saudades tuas, ou um traço obscuro da minha personalidade (que certamente tenho!) com tendência para a melancolia.
Sei que isto tudo é demais para mim e não sei mesmo como lidar com a situação.
Apetecia-me acordar agora no outro canto do mundo. Gritar num campo deserto até me faltar o ar. Mergulhar num mar turbulento e frio para ver se acordava deste torpor. Fazer bunjee-jumping para me certificar que ainda estou vivo. Ir para longe de tudo para não sentir nada. Esquecer por momentos o mundo para poder enfrentá-lo, desafiá-lo e reconstruí-lo!
Contigo...