quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Dia de não-valentim

Agarrado a fantasmas do passado
Que não me deixam viver o que é agora
Recordações que espreitam por todo o lado
E que me acompanham pela vida fora
Histórias que o amor não conquistou
Memórias que se recordam no frio
De pensar porque não resultou
E sentir todo este imenso vazio
A vida, puta como só ela
Não me deixa, não consigo avançar
Nem um olhar, uma oportunidade singela
Predestinado para sempre a não amar
Tanta "mala suerte" e bem querer
Em pinceladas de pesadelos cor-de-rosa
Triste sina esta a de sofrer
E de escrever poesia e não prosa
E amar, perdidamente, apaixonadamente
Mas nunca num sentido literal
A vida não me deixa ir em frente
Serei platónico sempre até final
Sozinho e só como tantos outros dias
Mas mais só que em dia nenhum
Nesta manta de retalhos de mágoas frias
Que sou eu e sou só um