Coisas de consultório...
Hoje fui com o meu pai a uma consulta de oftalmologia. A consulta estava marcada para as 14h e o meu pai era o 1º da lista. À hora marcada os doentes, mesmo os que estavam em números mais longínquos da lista, marcaram presença. Quanto à doutora... "estava atrasada" segundo informaram as apressadas enfermeiras.
Duas e um quarto, Duas e meia, Um quarto para as três, Três... E a excelentíssima doutora sem se dignar a aparecer...
Passava pouco das três quando surgiu por fim. Caminhando em passo apressado para o gabinete, entrou, sem sequer fazer um pequeno pedido de desculpas aos pacientes, e ali ficou, pelo menos mais uns bons vinte minutos (eu e meu pai deitámo-nos a adivinhar o que raio ela estaria a fazer e o Su-Doku pareceu-nos a solução mais viável) até se decidir a chamar o 1º doente (no caso o meu pai).
Não presenciei a consulta. Fontes parentais dizem-me que a doutora até foi simpática. Mas também não gostei de quando terminou a consulta esta mesma senhora não se ter sequer levantado da cadeira e vindo à porta para chamar o próximo paciente, limitando-se a berrar o nome da confortável poltrona. Details my friend, details...
É um episódio banal, da vida quotidiana, mas que tão bem caracteriza o que é ser médico.
Os médicos têm pouco respeito pelos outros e pelas suas profissões (julgando que a sua é, sem dúvida, a mais importante do Universo). Os médicos chegam atrasados por norma e não por ocasionalidade. Os médicos não gostam de pedir desculpa. Os médicos formam uma espécie de sociedade à parte, elitista, que vive com regras diferentes das da "sociedade dos mortais".
Digo isto com o máximo de respeito por todos os médicos que conheço e admiro, sabendo também que, como em tudo, existem excepções.
Mas esta arrogância de ter o rei na barriga e sentir-se num patamar acima dos outros dá-me voltas ao estômago...
Se ser médico é ser assim...
Então já não tenho tanta certeza se é isso que quero ser.....
Duas e um quarto, Duas e meia, Um quarto para as três, Três... E a excelentíssima doutora sem se dignar a aparecer...
Passava pouco das três quando surgiu por fim. Caminhando em passo apressado para o gabinete, entrou, sem sequer fazer um pequeno pedido de desculpas aos pacientes, e ali ficou, pelo menos mais uns bons vinte minutos (eu e meu pai deitámo-nos a adivinhar o que raio ela estaria a fazer e o Su-Doku pareceu-nos a solução mais viável) até se decidir a chamar o 1º doente (no caso o meu pai).
Não presenciei a consulta. Fontes parentais dizem-me que a doutora até foi simpática. Mas também não gostei de quando terminou a consulta esta mesma senhora não se ter sequer levantado da cadeira e vindo à porta para chamar o próximo paciente, limitando-se a berrar o nome da confortável poltrona. Details my friend, details...
É um episódio banal, da vida quotidiana, mas que tão bem caracteriza o que é ser médico.
Os médicos têm pouco respeito pelos outros e pelas suas profissões (julgando que a sua é, sem dúvida, a mais importante do Universo). Os médicos chegam atrasados por norma e não por ocasionalidade. Os médicos não gostam de pedir desculpa. Os médicos formam uma espécie de sociedade à parte, elitista, que vive com regras diferentes das da "sociedade dos mortais".
Digo isto com o máximo de respeito por todos os médicos que conheço e admiro, sabendo também que, como em tudo, existem excepções.
Mas esta arrogância de ter o rei na barriga e sentir-se num patamar acima dos outros dá-me voltas ao estômago...
Se ser médico é ser assim...
Então já não tenho tanta certeza se é isso que quero ser.....
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