sábado, junho 17, 2006

quando cai a noite na cidade...

é tarde. à janela vejo a noite cair sobre mim. as torres cinzentas e sombrias da urbe são a minha companhia. A rua é uma amiga solitária e abandonada, as janelas estão fechadas, as persianas corridas. Algures, um carro apressado faz chiar os pneus num cruzamento longínquo, ouve-se uma televisão que o vizinho se esqueceu de desligar...
uma brisa de frio e mar enrola-se sobre mim e faz-me arrepios... mas daqueles dos bons...
Ao longe, vêem-se os relâmpagos e os sons perdidos de uma tempestade, que não é nada comparada com a guerra que vai por dentro de mim...
Inspiro bem fundo...
Cheira a chuva...
e sabe mesmo bem...