Inércia que acalma a vontade de tomar as rédeas à minha vida. Inércia que mata a paixão, que esconde as cores do Outono, que faz tudo parecer as fotografias pálidas de um matutino.
E a vontade de fazer algo, ainda que não se saiba bem o quê...
Porque é que quando tudo parece bem, tudo se desmorona?
E as respostas que não são dadas mas pressentidas e que custam quase tanto como a incerteza, como as palavras caladas e escondidas (aquele sussurro apaixonado!)que nunca serão ditas e morrerão nos tempos como se tudo o que foi real não passasse de um sonho.
E ter que agir! Contra-vontade e contra o que sentimos, mais que não seja para tomar uma posição. Radical, de preferência!
E sentirmo-nos mais sozinhos que nunca apesar de sabermos estar a fazer o certo.
Então porque custa?
Porque se é o certo e se temos a razão, os factos,as provas e tudo e mais qulquer coisa do nosso lado porque é que cá dentro custa?
Porque é que seco as lágrimas que não quero nem consigo chorar?
Porque é que tudo parece tão cinzento e sem calor?
Porque é que tudo se desmoronou?
Será que alguma vez esteve erigido?
Tenho o cérebro em ponto de interrogação!
E no coração, pouco mais que reticências...