a mentira da medicina
a maioria dos pais, tem presente nos seus mais profundos desejos e pulsões a vontade de ver os seus filhos tornarem-se doutores... assim, a medicina é como que um rebuçado que esses pobres bébés adultos querem e, para isso, inscrevem os filhos nos melhores colégios, pagam balúrdios de explicações, têm ataques de raiva incontida quando um dos seus rebentos tem menos que um misero 16, tudo para que eles possam depois dizer aos amigos e colegas de trabalho -"Olha! o meu filho vai ser médico!" E depois vêm os exames nacionais de 12º, e com eles as desilusões, as euforias, as colocações na internet, mais desilusões e euforias, as matrículas, as praxes, as propinas (ai as propinas!), as primeiras aulas....
aqueles cujos filhos tiveram a arte, o engenho ou a carteira suficiente para conseguir entrar, rejubilam, contam às amigas (isto as mães, obviamente!), ligam à família toda, enchem os filhos de carinhos, festinhas no cabelo e prendinhas porque o "menino" entrou em medicina...
pois pois... parece que, agora que entraram, já não vão existir mais problemas no mundo, que já não há mais crises (crise, qual crise?), que já não importa que o Benfica perca um jogo de vez em quando, ou que o Sócrates afinal seja aldrabão...tudo isto, porque "o meu filho vai ser senhor doutor!"
o problema é que esses mesmo filhos, depois de tanto stresses, depois de tanta pressão, depois de tanta vontade de cumprirem os sonhos dos pais, começam a entrar num estado vegetativo de ausência de vida própria, dependência da escola e dos livros, são, no verdadeiro sentido do termo, uns verdadeiros NERDS...
e que médicos serão estes? vão ser certamente aqueles que sabem de cor onde fica o etmoide, o esfenoide, o que são intervalos de confiança ou como funcionam as bombas de sódio-potássio... mas e depois? terão eles capacidades de, numa situação real, numa urgência, no meio da rua, saber reagir e ter o devido sangue frio? saberão depois dialogar correctamente com os seus pacientes e, além de os tratarem, serem uma voz compreensiva e sábia, mais que um doutor de bata branca, um amigo....?
provavelmente não...
é obvio que quando eu digo isto não digo que não existam excepções... existem concerteza, eu, aliás conheco aí umas 50 excepções (ou 100, que a matemática nunca foi o meu forte!) mas a verdade é que, a medicina, nos moldes que hoje a conhecemos, acaba por ser uma mentira, é um sonho que muitos perseguem apenas por influência de outrém, não sendo nem pessoas realizadas, nem profissionais competentes...
eu, pessoalmente, apesar de todos os ossinhos, membranas, marranços, secas, etc... cada vez me convenço mais que fiz a escolha certa, será que todos podem dizer o mesmo?
decididamente... estou a precisar de férias!
aqueles cujos filhos tiveram a arte, o engenho ou a carteira suficiente para conseguir entrar, rejubilam, contam às amigas (isto as mães, obviamente!), ligam à família toda, enchem os filhos de carinhos, festinhas no cabelo e prendinhas porque o "menino" entrou em medicina...
pois pois... parece que, agora que entraram, já não vão existir mais problemas no mundo, que já não há mais crises (crise, qual crise?), que já não importa que o Benfica perca um jogo de vez em quando, ou que o Sócrates afinal seja aldrabão...tudo isto, porque "o meu filho vai ser senhor doutor!"
o problema é que esses mesmo filhos, depois de tanto stresses, depois de tanta pressão, depois de tanta vontade de cumprirem os sonhos dos pais, começam a entrar num estado vegetativo de ausência de vida própria, dependência da escola e dos livros, são, no verdadeiro sentido do termo, uns verdadeiros NERDS...
e que médicos serão estes? vão ser certamente aqueles que sabem de cor onde fica o etmoide, o esfenoide, o que são intervalos de confiança ou como funcionam as bombas de sódio-potássio... mas e depois? terão eles capacidades de, numa situação real, numa urgência, no meio da rua, saber reagir e ter o devido sangue frio? saberão depois dialogar correctamente com os seus pacientes e, além de os tratarem, serem uma voz compreensiva e sábia, mais que um doutor de bata branca, um amigo....?
provavelmente não...
é obvio que quando eu digo isto não digo que não existam excepções... existem concerteza, eu, aliás conheco aí umas 50 excepções (ou 100, que a matemática nunca foi o meu forte!) mas a verdade é que, a medicina, nos moldes que hoje a conhecemos, acaba por ser uma mentira, é um sonho que muitos perseguem apenas por influência de outrém, não sendo nem pessoas realizadas, nem profissionais competentes...
eu, pessoalmente, apesar de todos os ossinhos, membranas, marranços, secas, etc... cada vez me convenço mais que fiz a escolha certa, será que todos podem dizer o mesmo?
decididamente... estou a precisar de férias!
1 Comments:
pois, infelizmente os papás ainda vivem na mentalidade do sô dotôre e do sô juiz( pra compensar frustraçoes pessoais talvez?não sei...).é como disseste o que interessa é que os filhos entrei num bom curso,arranjem um bom emprego, uma boa casa e depois,se for possível(é quase obrigatório) se casem...tradição ou materialismo?não sei...desejo que tenham uma vida e conforto que não tiveream ?não sei...puro orgulho?também não sei...mas que é,é! eu que o diga,que não fui pra saúde,nem depois pra Direito,como secalahr queriam que fosse(mas também nem me posso queixar de muita pressão de casa,ás evzes é mesmo de fora). Só que eu,tal como tu, preocupei-me mais com a minha felicidade e com o sentir-me realizada do que ter uma casa grande com piscina.Eu tenho como objectivo de vida ser feliz,não ganahr montes de dinheiro, e sei que para isso poderia estar a fazer uam coisa para que não sinto vocação ou que não gosto.mas a gente que acreita mesmo que tudo se pode comprar com um bom emprego e um salário chorudo e o staus de ser-se doutor ou juíz.enfim...e depois é como dizes,especialmente no caso da Medicina (que é como o maior objectivo,nesse contexto, a que se aspira), vemos pessoas frustradas, profissionais que não são verdadeiramente profissionais, sem a parte humana, a paixão pela sua arte, que lhes falta para o ser.Depois vai-se ás urgências e é o que é(fora qualquer falta de apoio que haja,fora o stress da profissão); é a falta de tacto, de humanismo, de sentimento(que é o qu de facto nos faz humanos, não ossos e nervos e raciocínio, que o prórpio sistema favorece com o ridículo da importãnica das médias obscenamente elevadas- e depois v~em os médicos de espanha com 13,mas enfim...=X=), é a falta daquele sorriso, daquela atenção especial, tantas vezes cura só em si mesma.
mas é calro que há excepções...tu és uma excepção e podes-te sentir orgulhoso de ti próprio e seguro na tua escolha por não te teres preocupado em ser importante, ou ganhares muito dinheiro, mas seguires a tua paixão, fazeres o que gostas e sentir-te feliz e realizado.Pois só assima vida fará sentido..então...nunca mudes a tua maneira de pensar!;)*
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